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Sujeito Desconhecido

Foto do escritor: millabertiermillabertier

Muitas vezes focamos em histórias de celebridades, histórias de pessoas abastadas, pessoas que desempenham algo com excelência como esportistas, artistas e outros.

Enquanto isso histórias estão acontecendo em todos os lugares, com todas as pessoas ensinando os mais variados assuntos para nossos conhecimentos gerais.

Ao enviar um WhatsApp para o número de um amigo, desejosa de saber se encontrava bem, pois a esposa o deixou. O número já não pertencia mais a ele.

Quem respondeu foi o sujeito desconhecido. Me pedindo um autógrafo, na brincadeira de eu ser a cantora Ludmilla. Respondi: quem é você? Ele: sou o dono desse número desde o começo do ano. Eu: desculpa. Ele: desculpa o que moça. Eu: o celular era de um amigo. Ele: imagina.

Este seria o momento onde eu tiraria o contato do celular e pronto. Resolvi dizer que ainda não sabia o nome do dono do número, foi como sempre que me referia a ele até então, eu o chamava de Dono do Número. Afinal fomos ensinados a não dar nosso nome para qualquer pessoa não é mesmo?

Ele disse: Enio, nunca conheci um e os cachorros estão bem? – Eu havia iniciado a escrita dessa forma quando mandei a mensagem. -Gian tudo bem? O Enio me disse ter visto os cachorros com você, vieram passear? ( Risos)

Eu respondi que não saberia dizer porque em vez de falar com o amigo, estava agora falando com o Dono do Número. E que Enio era meu esposo.

Sugeri ao Dono do Número ser do signo de aries porque era brincalhão, ele disse que não era muito ligado nisso e que era de março (pisciano).

Eu disse que também não era, mas algumas coisas básicas eu sabia, porém, sem partes místicas. No qual ele respondeu: sim verdade, pois dizer que você vai ficar rico, ou a lua vai lhe dar um amor ninguém merece. (Mais risos)

Disse que estava treinando a escrita, pedi autorização para escrever sobre esse ocorrido, ele me deu. Então não perdi tempo, perguntei como ele era física e emocionalmente. O Dono do Número disse que era alto, pardo, casado, que trabalha com caminhão, que é feliz e um pouco preguiçoso. Haa que tem quarenta anos.

Foi bem sucinto, mas fiquei animada ao me dizer que era feliz, pois são tantos os casos de infelicidade, ansiedade, separações e violência doméstica que estamos vivendo que fiquei feliz com a felicidade do Dono do Número.

Ao dizer que como motorista de caminhão deveria ter muitas histórias, ele me explicou que era caminhão de tirar caçamba, ou de levar muita terra e que trabalhava dentro de São Paulo mesmo.

Depois me contou que sua paixão eram as motos e o vídeo game. Que era uma pessoa fácil de lidar e que “não guardava emoção boa ou ruim, soltava logo”.

Adivinhem se quiser, perguntei sobre ele ter religião ele me respondeu e a conversa terminou, pois, a frase é clichê, mas verdadeira. Religião, futebol e política não se discute. Ele só disse mais o seu nome claro. Ufa, pensei que morreria de curiosidade!



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